Níveis de Autismo
- Valéria Rodrigues
- 28 de jul. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 2 de ago. de 2021
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento, isso significa que algumas funções neurológicas não se desenvolvem como deveriam, além disso o Autismo é caracterizado pelo comprometimento de duas grandes áreas, definidos aqui como dois domínios centrais:
· Domínio de comunicação social: Deficiências sociais e de comunicação;
· Domínio de comportamento: Interesses restritos, fixos e intensos e comportamentos repetitivos.
Portanto o diagnóstico é marcado, em especial, pela incapacidade de estabelecer um sistema adequado de comunicação com o ambiente social e traz consigo diferentes etiologias e níveis de gravidade que comprometem o desenvolvimento humano.
Quando falamos de nível de Autismo, estamos direcionando um olhar para o prejuízo funcional que o Autismo traz para a vida do indivíduo. Tal prejuízo passa a ser analisado em função dos déficits observados na comunicação social, nos comportamentos repetitivos e interesses restritos, sendo que sua combinação leva a diferentes níveis necessários de suporte, ou seja, ao quanto de apoio o indivíduo necessita.

Os níveis encontrados no Autismo antes denominados de nível leve, moderado ou severo, atualmente são classificados como nível 1, 2 ou 3 e estes níveis são definidos com base na necessidade de apoio e de intervenção que a criança/indivíduo necessita para ter funcionalidade e independência. Em resumo os níveis podem ser compreendidos da seguinte forma:
Nível 1: necessitam de pouco apoio, auxílio, pouca intervenção terapêutica para realizar as atividades cotidianas, geralmente os que estão neste nível apresentam comportamento verbal, porém tem dificuldade em iniciar e manter a interação social, não demonstrando muito interesse em fazer isso e os seus interesses restritos podem atrapalhar estas interações. Precisam de pouco tratamento ou suporte para ser funcionais ou até mesmo independentes, podem apresentar pouca flexibilidade mental e grande resistência a mudanças;
Nível 2: necessitam de mais apoio e mais intervenção terapêutica, com déficits na comunicação verbal e não verbal, apresentam maiores dificuldades nas interações sociais, apresentando dificuldade em se relacionar adequadamente, mesmo com a mediação de outras pessoas. Os comportamentos restritos e repetitivos são mais acentuados e interferem diretamente no contato social nos mais diversos contextos;
Nível 3: necessitam de muito apoio, apresentam dificuldades intensas na comunicação verbal e não verbal e a interação com os outros é muito limitada e difícil de ocorrer. Os comportamentos restritos e repetitivos interferem em todos os contextos em que está inserido. Os sintomas geralmente apresentam maior gravidade.
O ideal é que se inicie a intervenção especializada, para que após a resposta ou não de evolução possa saber o real nível de comprometimento. Outro fator importante é que quando se fala sobre diferentes níveis de gravidade, é necessário ter clareza de que no Autismo é possível que a se caminhe pelo espectro, apesar de não ter uma cura, é possível que o indivíduo Autista transite sobre o espectro, em outras palavras, é possível que se tenha remissão de alguns sintomas e migre de um nível para outro.
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