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Explicações sobre Autismo

  • Foto do escritor: Valéria Rodrigues
    Valéria Rodrigues
  • 20 de jun. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 24 de ago. de 2020

Você sabia que várias possibilidades já foram dadas para explicar o Autismo?

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Há alguns anos atrás, o diagnóstico de Autismo era frequentemente enquadrado como dano cerebral e/ou deficiência ou retardo mental, diferente dos dias atuais onde já se pode concluir que o Autismo é diferente das demais patologias fisiológicas, ele não pode ser diagnosticado em laboratório, é identificado único e exclusivamente pela observação e avaliação do comportamento e estas avaliações são subjetivas e os comportamentos variam de uma pessoa para outra, ou seja, o diagnóstico ainda pode ser confuso e vago, já mudou ao longo dos anos e continua apresentando mudanças.


No início dos estudos sobre o Autismo, alguns estudiosos chegaram a trazer uma explicação biológica para o Autismo, afirmando que o Autismo era uma incapacidade biológica de formar laços afetivos com as pessoas, assim como algumas crianças vem ao mundo com incapacidades físicas ou intelectuais.


Porém após alguns anos, alguns estudiosos perceberam semelhanças entre pais e seus filhos, sendo os pais em sua grande maioria altamente inteligentes e com interesses limitados por pessoas, não sendo muito afetuosos e com uma dose de obsessão, a partir daí, surge a possibilidade de mudar o foco biológico para o psicológico, sendo que as pesquisas após isto foram direcionadas ao comportamento dos pais de crianças Autistas. Após onze anos de estudo, acreditava-se então que crianças Autistas poderiam em geral ser consequência de pais que estavam preparados apenas para gerar um filho e não desenvolve-lo. Vale ressaltar que esta interpretação não tinha o objetivo de culpar os pais pelo diagnóstico de seus filhos.

Mas logo esta perspectiva foi perdendo força, pois como explicar as altas habilidades? Pois a afirmação acima dava conta apenas dos maus comportamentos, confundindo-se assim a relação causa e efeito, ou seja, observou-se que a criança não era psiquicamente isolada e fisicamente destrutiva porque os seus pais eram emocionalmente distantes, mas que talvez os pais eram emocionalmente distantes porque a criança se comportava de forma isolada e fisicamente destrutiva.


Após isso outras suposições foram feitas, como as de que a criança Autista não estava biologicamente predeterminada a manifestar os sintomas, mas sim, estava biologicamente predisposta aos sintomas, desta forma o Autismo seria algo oculto, até que a criação inadequada lhe fizesse aparecer.


Durante anos as pesquisas sobre o Autismo tinham como objetivo encontrar a causa do comportamento para daí sim tentar removê-lo, ao invés de se concentrar no comportamento em si.


Além de todos estes avanços na trajetória do Autismo, sabe-se que tamanha confusão ainda permanece. Novos avanços em pesquisas já aparecem, mesmo que sem uma conclusão sólida e relevante, porém sabe-se por exemplo que há uma compatibilidade entre os comportamentos Autistas e as funções cerebrais, podendo assim quem sabe ter uma origem neurológica. Portanto uma conclusão fica clara, o Autismo está realmente no funcionamento do cérebro.


Mas por que não se pode então realizar exames de neuroimagens para diagnosticar o Autismo?

A resposta é simples, porque nas diversas pesquisas realizadas, observou-se mudanças na anatomia cerebral de pessoas com Autismo, porém estas alterações não são iguais entre todas estas pessoas, portanto apesar de haver algumas similaridades entre cérebros Autistas, não é possível fazer uma generalização.

 
 
 

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